Possibilidade foi levantada durante transmissão ao vivo nas redes sociais, mas ainda não há confirmação.
O retorno às aulas presenciais da rede municipal de Bertioga, no litoral de São Paulo, pode acontecer apenas em 2021. A possibilidade foi levantada pelo prefeito Caio Matheus (PSDB) durante transmissão ao vivo nas redes sociais. Ainda de acordo com ele, mais de 80% dos pais e servidores acreditam que ainda não é o momento de retornar.
O chefe do executivo municipal explica que, além de ouvir a opinião das famílias e educadores, também buscou auxílio dos profissionais da área da Saúde e da Educação para tomar uma decisão em comum acordo. Por fim, ele acredita que esse retorno poderia colocar em risco todo o trabalho de enfrentamento feito nos últimos meses.
"Nós, por prudência e por cautela, não retornaremos às aulas presenciais nesse momento, assim como, possivelmente, nesse ano não haverá atividades presenciais. Temos que preservar a vida. Vimos exemplos de outros países que voltaram com as aulas precocemente e estão enfrentando uma nova crise. Não queremos isso aqui em Bertioga", informa o prefeito em live.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bertioga apoia a decisão de que não é o momento para a volta às aulas na rede municipal. Na semana passada, a categoria havia questionado a administração municipal sobre a data de um possível retorno e quais procedimentos seriam tomados para garantir a segurança e a saúde de alunos, professores e funcionários. Por meio de ofício, o Sindicato questionou se o retorno será escalonado por série, se terá rodízio, como será feita a higienização dos espaços escolares, sobre instalação de dispensadores de álcool em gel, como ficará a presença de alunos de grupos de risco, como será preparada e oferecida a merenda, se as crianças receberão máscaras de proteção o quais serão os protocolos de retorno dos professores.
"O prefeito teve bom senso ao manter a suspensão das atividades presenciais. Neste ano, o estrago já foi feito. Nossa preocupação é que, muitas vezes, as escolas públicas do Brasil sofrem com falta de materiais de limpeza, por exemplo. Então, como vai manter a distribuição de álcool em gel? Queremos saber se as escolas têm condições sanitárias para esse retorno. Defendemos que as aulas presenciais voltem apenas depois de uma vacina", explica o presidente do Sindicato, Jorge Guimarães. Posicionamento A Secretaria de Educação de Bertioga informou que foi elaborado um decreto criando uma comissão com a participação de diversos setores (Conselhos Municipais, Conselho Tutelar, Câmara Municipal, Diretores, representantes da sociedade, entre outros) para discutir os protocolos de retomada das aulas, inclusive, com a participação do Sindicato. "Importante salientar que ainda não há previsão de que as aulas retornem no mês de setembro. Pensando na segurança e proteção dos alunos, a Secretaria de Educação está providenciando EPis, álcool em gel e máscara de proteção para os professores".
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